quarta-feira, 20 de julho de 2022

Ponto final

Essa semana, aquela playlist aleatória que ouço de vez em quando começou a tocar a primeira música que você me enviou quando disse que estava apaixonado. Uma enxurrada de lembranças percorreu meus pensamentos durante mais de uma hora. Não quis lutar contra minhas vívidas memórias, porque eu sabia que seria uma vã tentativa. Apenas me deixei levar nos momentos mais lindos que vivi com você, nas palavras gravadas à ferro em minha mente e nos sorrisos que vi tantas vezes, mas que gostaria de ter visto muito mais...

Então reli os textos que escondi de todos, naquela pasta dentro de zilhões de outras pastas que estão salvas na nuvem; textos que escrevi na mesma época em que você apareceu na minha vida e, de repente, sumiu como se nunca tivesse existido. Como se nós nunca tivéssemos existido. Palavras desconexas formando lembranças e todos os desejos malucos de estar com de você. Palavras doloridas que apresentavam - e ainda apresentam - toda a tristeza por não entender como era possível você sumir sem falar absolutamente nada; sem uma explicação ou um fim propriamente dito.

E esse seu silêncio me dói até hoje.

Talvez um dia você encontre esse texto e entenda que eu preciso de um ponto final. Que eu preciso, nem que seja uma última vez, ouvir seu sorriso. Para em seguida entender o motivo de tudo ter terminado do jeito que terminou.

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