Antes d'ele partir, ela apertou
sua mão. O movimento leve após isso fez com que o contato entre suas peles
cessasse. E ela não pode fazer nada, a não ser observá-lo se afastar. Ela
queria ir atrás, correr até alcança-lo para então roubar-lhe um beijo, mas
sabia que aquilo não seria permitido. Então apenas o deixou partir, como fizera
tantas vezes antes.
E ela era uma pessoa que se permitia apaixonar, que se entregava
ao sentimento mesmo sabendo que sentimentos quase nunca são correspondidos. Ela
apenas acreditava que devia amar todas as pessoas maravilhosas que passavam pela sua vida, mesmo sem correspondência.
Mas com ele era diferente, justamente porque ele se entregava da mesma maneira.
Ela o observou partir e decidiu
esperar. Um dia, talvez, ele voltasse. Enquanto isso, ela se deixaria apaixonar
outras tantas vezes até que um dia ele dissesse que, finalmente, tudo seria
permitido.