Fantasmas
antigos retornaram ontem à noite. Fantasmas que venho lutando a anos,
ignorando-os por completo. Não consegui contê-los, eles foram mais fortes do
que eu. E novamente caí em prantos, como uma misera criança. A pose de macho
alfa caindo e mostrando a mulher frágil que existe, que sempre existiu
escondida de tudo e de todos. Mas ontem não. Ontem minha máscara caiu, mas
ninguém além de mim a enxergou. Prender a dor só piorou ainda mais a situação,
não conseguia pensar com tanta coisa atolada em minha cabeça. E tudo por causa
de gestos, de gostos, de música... Mas as lágrimas ainda persistem como numa
chuva torrencial, me engolindo inteiramente, sem dó nem piedade. Elas não
querem parar...
Você virou um
fantasma que ainda me persegue. E eu te odeio por isso.